Pauper: Glitter Bogles - Deck Tech e Guia de Sideboard

GW Auras (ou Bogles) é um arquétipo que dificilmente some do formato, mas ao mesmo tempo é um deck que muitas vezes sofre e perde para si mesmo. O Bogles funciona basicamente como um combo, onde você precisa juntar peças específicas para alcançar uma situação de inevitabilidade, mas traz também o elemento aggro tendo suas criaturas como foco, alcançando a vitória através do combate.

Mas porque combo? O deck pode ser considerado um aggro, mas se analisarmos a lista veremos que há cartas que são fundamentais na estratégia , sem elas, as chances de vitória são muito baixas. Porém, se você as reúne no momento certo, a vitória é quase garantida na maioria das situações!

A lista acima é a mesma que usei recentemente e obtive alguns resultados bem positivos na Pauper League do Magic Online, incluindo um 5-0. O plano é simples: colocar várias auras poderosas em uma criatura com hexproof que irá ficar gigante e causará dano letal no oponente.

Para isso, contamos com bastante redundância, maneiras de buscar as auras e as criaturas que serão a peça principal do combo, todas com hexproof, com exceção do Spirited Companion, que é mais um card advantage extra que gera sinergia do que uma criatura em si.

Uma vez que você entenda que ao escolher o Bogles como seu deck você estará pilotando um combo, tudo fica simples. Com essa ideia em mente, podemos destacar as peças fundamentais da estratégia.

Ethereal Armor, All That Glitters e Ancestral Mask fazem basicamente a mesma coisa, sendo as auras que darão mais corpo às suas criaturas e juntas fazem muito estrago. Rancor e Armadillo Cloak também são análogos, com o Rancor tendo recursão e Armadillo sendo praticamente uma win condition contra outros aggros, principalmente os vermelhos.

Em uma lista de poucas lands, onde você quer jogar com mais de três cores, fazer a correção da mana é importante, além de poder gerar mana suficiente para fazer as auras maiores.

Utopia Sprawl cumpre bem o papel de ramp e correção de mana. Abundant growth e Commune with Spirits conseguem tanto fixar a mana como gerar card advantage, com Commune sendo uma carta que pode achar a peça que falta para vencer o jogo.

Em um metagame dominado por Mono-Red e Boros Synthesizer, o Bogles é uma excelente opção, pois pode competir contra estes dois com tranquilidade e considero que a vantagem é do Bogles. Além disso, conseguimos jogar bem contra a maioria dos decks do meta, basta você saber como se comportar e é justamente isso que irei mostrar no guia de Sideboard.

O exemplo acima ilustra uma mão com bastante potencial e peças necessárias para fechar o jogo. A mão inicial deve ter criaturas - evite mãos sem elas, pois a chance de tudo dar errado é muito alta. Os land drops são importantes, bem como garantir o splash para poder fazer suas mágicas.

A mão acima é um exemplo de mãos que devem ser evitadas. Mesmo que haja maneiras de tentar encontrar uma criatura, as chances de conseguir fazer isso antes de se colocar em uma situação irreversível no jogo são muito altas e o risco não vale a pena. Mesmo que a mão pareça boa, o ideal é mulligar até achar uma mão com a qual possa desenvolver o plano de jogo.

Acima temos o exemplo de uma mão que pode ser mantida, mas que é pouco funcional e bem arriscada. Sem uma aura que aumente a resistência da sua criatura você acaba se expondo aos board wipes, que aparecem bastante no metagame atual. Além disso, essa mão não tem nenhuma maneira de cavar o topo do deck, o que nos deixa dependentes da sorte nos draws.

O Bogles perde o fôlego com certa velocidade, mas isso é apenas um efeito de como o deck se comporta. Em todas as matches, você irá buscar fechar o jogo o mais rápido possível, apenas mudando a forma como executa esse plano dependendo do oponente.

Contra oponentes mais agressivos, você só precisa sobreviver até ser capaz de encaixar bastante dano combinado com umas das auras de lifelink.

Contra Midrange e Control você deve se preocupar com as anulações e/ou remoções capazes de atingir suas criaturas (éditos, globais), jogando em volta dessas cartas enquanto desenvolve seu plano.

Já contra decks combo, você poderá jogar tudo que tem sem medo, mas tendo em mente que o tempo é um fator importante, já que o oponente poderá finalizar o jogo tão rápido quanto você.

O plano do side é basicamente complementar as piores match ups e dominar as melhores.

Chainer’s Edict e cartas semelhantes não são o fim do mundo, não se engane. Qualquer deck que dependa dessas cartas para vencer está em desvantagem. O que melhora o jogo desses oponentes, normalmente, são os hates de encantamento (no caso de BW e BG) e os counterspells (UB).

Boardwipes normalmente também são contornáveis, basta saber quando mulligar e como se comportar.

Young Wolf está aqui justamente para ajudar contra esse tipo de hate. Scattershot Archer é excelente contra fadas e outras criaturas pequenas com flying.

Standard Bearer e Rofellos’s Gift são duas cartas que gosto bastante, pois ajudam em várias situações, como na mirror e os Glitter Decks. Freewind Falcon e Spirit Link estão aqui para lidar com Kuldotha e outros Red Decks.

Flaring Pain é a carta contra fogs e com o meta das ligas cheio de Turbo Fogs muitas vezes quatro cópias podem nem ser suficientes.

Vs. Boros Synthesizer

Considero essa match favorável para o Bogles. O Boros tem algumas peças de hate que podem incomodar e consegue ser bem agressivo, mas ainda acho que o Bogles é superior em causar dano e consegue se aproveitar muito bem de All That Glitters. Dawnbringer Cleric, Destroy Evil e Krark-Clan Shaman são as principais cartas do Boros contra você, tome cuidado com elas e tente finalizar o jogo o mais rápido possível.

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Vs. Mono-Red Kuldotha

Essa match up se define em se você tem lifelink na mesa ou se não. Com lifelink a vitória é praticamente garantida, desde que consiga resistir dois ou três turnos até poder começar a atacar enquanto se sustenta no jogo.

Sem o sustento de vida, o jogo é bem mais complicado e você ficará dependente não só dos seus draws como dos draws do oponente, torcendo para que ele não tenha um Kuldotha Rebirth + Goblin Bushwhacker guardado.

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Vs. Golgari Gardens

Aqui temos em uma match up bem interessante, onde o Bogles terá que “correr contra o tempo” e jogar em volta dos éditos. Se o oponente tiver um edito e você não tiver mais de uma criatura na mesa é fim de jogo, mas se souber como contornar a situação ou conseguir ser rápido o suficiente, a coisa fica bem diferente.

Young Wolf e Cartouche of Solidarity são cartas incríveis nesse jogo.

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Vs. Jeskai Ephemerate

Contra Jeskai, o jogo é bem semelhante ao que acontece com o Gardens. Porém, o Jeskai pode controlar o jogo muito mais facilmente, já que utiliza anulações, além de ter acesso às cores vermelho e branco, que estão bem equipadas com board wipes e hate de encantamento.

Ephemerate + Dawnbringer Cleric + Archaeomancer é simplesmente devastador para o Bogles e Stonehorn Dignitary consegue ser ainda mais impossível de vencer. A grande fraqueza do Jeskai nesse jogo é o início cadenciado, o que pode dar ao Bogles o tempo necessário de se preparar enquanto pressiona a mesa. Rofellos’s Gift se revela uma carta incrível nessa match up.

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Vs. Turbo Fog

Turbo Fog têm estado bem presente no metagame, principalmente no Magic Online (o que é bem curioso, já que o deck não é fácil de se pilotar). Essa talvez seja uma das piores match ups do Bogles, já que o Fog nos impede de fazer o que queremos, que é causar dano. Flaring Pain é nossa principal arma nesse jogo, mas com um pouco de sorte é possível levar o jogo sem depender disso, basta curvar bem e se aproveitar das janelas de oportunidade.

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Bogles é um dos meus decks favoritos do formato e sempre que o metagame se vê dominado por decks como Mono-Red e Boros é um bom momento para colocá-lo para jogo. O arquétipo sofre bastante em muitas situações, mas se for bem pilotado pode garantir resultados muito recompensadores.

Finalizo aqui mais um artigo. Deixe suas dúvidas, sugestões ou críticas nos comentários. Até a próxima.